6 ANOS DE BLOG – E AGORA (MULHER)?

        

Desde março deste ano que cumpro uma ausência de seis meses no meu blog, sem ter sido ela causada por um dano maior. Foi tempo suficiente para elucubrações e para responder uma das minhas perguntas que mais me inquietaram nesse período: Por que cheguei a isso? Ou seja, por que me afastei por meses do blog amigo e querido? Sei que escritores, aqueles de romances de ficção e poetas, têm as suas famosas fases de bloqueio, verdadeiras lacunas sombrias de criação e carência verbal transformadas até em pânico frente a objetos habituais que levam à escrita, sejam eles um simples papel, um lápis, ou mesmo o computador. O medo, que sempre vem primeiro, instaura a apatia, é como se as mãos estivessem mudas e delas não saísse nada. Em rigor este não é o meu caso, já que não produzo nem poemas nem romances, basto-me, como feminista, com artigos de opinião sobre a condição de ser mulher e uns outros temas que me chamem a atenção.

Assim como os relacionamentos têm as suas renomadas crises dos sete anos, eu tive a minha com o amado blog já com os seis, como se estivesse numa dessas encruzilhadas australianas onde as setas podem apontar até pra China. Pois é, o próprio blog se voltou pra mim a perguntar-me „e agora mulher?“ por não vê-lo mais que uma uniformidade cansativa e abatida, para não dizer monótona, bem exagerando aqui como método para sair do encravamento que os anos me trouxeram. Tempo de parar? Não. Tempo de transformar um pouco a sua estrutura sem sair do plano inicial com que me comprometi. Mas para efetuar isso – eu que tenho alguns problemas com a técnica digital da internet – sei que sozinha não darei conta e preciso mesmo de a little help from my friends. Encontrarei?

Gosto de escrever, para mim mais que natural, é uma aventura em busca da forma, e isso está acima do próprio objeto do texto; e o meu querido blog dá-me essa oportunidade de conviver no mundo das palavras e das frases que tanto amo. Assim que esta postagem, no dia do seu aniversário, não é nem uma despedida, nem uma fixação de data para o próximo texto, mas sobretudo uma perspectiva para o que pode vir por aí. E mesmo não encontrando pessoas que me respaldem nessa empreitada, prometo que o blog continuará.

Um abraço da Mariluz

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